Porque se desenvolveu a ciência no Ocidente?


A ciência desenvolveu-se no mundo ocidental por três razões:
1. Porque a natureza se desviou da significação mitológica, tal como existe no Oriente, onde se mistura o animismo com o politeísmo e o panteísmo. E a ciência só pode desenvolver-se apenas quando a Natureza é estudada como Natureza.
2. Porque o pensamento ocidental aplica à Natureza dois princípios básicos da razão: a causalidade e a uniformidade. Estas constituem a base de toda a ciência.
3. O Cristianismo, acentuando a disciplina, a razão e o valor da Natureza, como tal, tornou-se a rocha em que a ciência empírica se fundamenta. A ciência nasceu e pode desenvolver-se apenas numa civilização cristã. O Oriente, sem este fundamento, nunca se tornará científico. O pensamento oriental dá pouca importância à causalidade e está muito mais relacionado com a sensação, as emoções, a consciência e a inconsciência [exemplo: Budismo e Hinduísmo], em que tudo principia a aglutinar-se e a fundir-se numa unidade.

Mons. Fulton Sheen in «Aprendei a Amar», 1957.

B'nai B'rith e o Vaticano II


Vocês sabem, e é um facto histórico publicado na ocasião pelos jornais de Nova Iorque, que o Cardeal Bea, na véspera do Concílio, foi visitar os B'nai B'rith, os "filhos da Aliança", uma seita maçónica reservada aos judeus de grande influência no mundo. Na qualidade de secretário do Secretariado para a Unidade dos Cristãos, fundado por João XXIII, ele perguntou-lhes: – Maçons, o que vós quereis? Eles responderam-lhe: – A liberdade religiosa, proclamem a liberdade religiosa e cessarão as hostilidades entre a Maçonaria e a Igreja Católica! E eles ganharam a liberdade religiosa; ela é pois uma vitória [judaico-]maçónica!

Mons. Marcel Lefebvre in «Do Liberalismo à Apostasia: A Tragédia Conciliar».

Marxismo e Ateísmo


Marx não foi primeiro um comunista e depois um ateísta. Foi primeiro um ateísta e depois um comunista. O comunismo era uma mera expressão do seu ateísmo. Assim como odiava Deus, odiava também aqueles que possuíam propriedades. Eis o que ele escreveu: "O que o Ateísmo é para o pensamento, o Comunismo é-o para a acção social". A sua relação intrínseca explica-se deste modo: "O Comunismo principia onde principia o Ateísmo". Quando uma pessoa é desenraizada espiritualmente pelo ateísmo, fica preparada para economicamente ser desenraizada pela destruição da propriedade privada. O comunismo não nasceu do pensamento: nasceu do ódio, o ódio pelo que o homem é, um filho de Deus; e o ódio pelo que o homem possui, em especial a propriedade, garantia da sua liberdade económica. Fundi estes dois ódios e fazei com eles uma teoria, e aí tereis a filosofia comunista.

Mons. Fulton Sheen in «Aprendei a Amar».

O Rei como Pai da Nação


Sendo a Nação, no seu melhor conceito, uma família extensa e permanente, na impossibilidade de a manter sob o governo do mesmo chefe, recorre-se ao benefício da hereditariedade para que o poder não sofra interrupção. Por isso o Rei representa tanto a Nação, como cada um de nós os seus antepassados. Ninguém escolhe o Rei, como ninguém escolhe o próprio Pai para lhe obedecer.

Adaptado de «Cartilha Monárquica», 1916.

Quem está a mais?


A resposta para quem fala em excesso de população, é perguntar se essa pessoa faz parte do excesso de população; e se não faz parte, como é que sabe disso?

G. K. Chesterton in introdução a «A Christmas Carol», 1922.

Detalhes sobre Humberto Delgado

O (des)governo da República quis atribuir ao Aeroporto de Lisboa o nome do General Humberto Delgado, militar conhecido por ter traído e feito oposição ao Estado Novo, tornado herói pelos democratas de Abril.
Sobre a traição propriamente dita, nada direi de momento. Retomo apenas dois panfletos das eleições de 1958, que dão conta da baixa moral do General sem medo.


A tirania do politicamente correcto


3ª Tese: A ideologia politicamente correcta não é apenas dominante, tornou-se também a única ideologia.
Diz-se que "o maior truque do Diabo é fazer crer que não existe". A força da ideologia politicamente correcta consiste em ter imposto a ideia que os debates ideológicos estavam ultrapassados. Mas como observou oportunamente Dominique Venner em "O Século de 1914", não vivemos numa sociedade a-ideológica, mas numa sociedade saturada de ideologia, de uma ideologia única [e falsa].
É por isso que não há mais debate ideológico nos grandes meios de comunicação social, já que os únicos que podem exprimir-se – incluindo nas páginas de "opinião" dos jornais – são aqueles que respeitam os cânones da [falsa] ideologia única.

Jean-Yves Le Gallou in «Douze thèses pour un gramscisme technologique», 2008.

A inversão do espírito missionário católico


É também este falso pensamento que foi sugerido aos missionários: inicialmente não falem de Jesus Cristo a estes pobres indígenas que morrem de fome! Dai primeiro de comer, depois ferramentas, depois ensinai a trabalhar, o alfabeto, a higiene... e, porque não, o controlo de natalidade?! Mas não falem em Deus, pois eles têm o estômago vazio! Eu porém diria: precisamente porque são pobres e desprovidos de bens terrenos, eles são extraordinariamente acessíveis ao Reino dos Céus, a este "procurai primeiro o Reino dos Céus", ao Deus que os ama e sofreu por eles, para que eles participem por suas misérias, do Seu sofrimento Redentor. Se, ao contrário, vocês pretendem pôr-se no nível deles, farão eles gritar contra a injustiça e acender neles o ódio. Mas se levam Deus até eles, os levantarão, os elevarão, e eles serão verdadeiramente enriquecidos.

Mons. Marcel Lefebvre in «Do Liberalismo à Apostasia: A Tragédia Conciliar», 1987.

Os tíbios


Por cobardia ou por estupidez, levam a cabo a política dos nossos inimigos. É o inimigo que os define. E eles permitem-no. Conformam-se à imagem desenhada pelo inimigo. Acusam-nos de etnicismo, e eles desculpam-se. Acusam-nos de xenofobia, de racismo, de anti-semitismo, e eles desculpam-se. Passam a vida a desculpar-se, quais colonizados. A desculpar-se de pensar, de existir, de ser.

Pierre Falardeau in jornal «Le Québécois», Novembro de 2001.