O ateísmo nasce do pecado, não da razão


O ateu moderno não descrê por causa do seu intelecto, mas por causa da sua vontade. Não é o conhecimento que o torna um ateu, mas a perversidade. A negação de Deus brota de um desejo do homem de não ter um Deus – da sua vontade de que não haja Justiça por trás do universo, de modo que as suas injustiças não receiem retribuição; do seu desejo de que não haja Lei, de modo que não possa ser julgado por ela; do seu querer que não haja Bondade Absoluta, para que ele possa continuar a pecar com impunidade. É por isso que o ateu moderno se mostra sempre encolerizado quando ouve dizer alguma coisa a respeito de Deus e da Religião. Seria incapaz de tal ressentimento, se Deus fosse apenas um mito. O seu sentimento para com Deus é o mesmo que um homem mau tem para com alguém a que ele fez um mal. Desejaria que estivesse morto de modo que nada pudesse fazer para vingar o mal. O que atraiçoa a amizade sabe que o seu amigo existe, mas deseja que ele não existisse. O ateu pós-cristão sabe que Deus existe, mas deseja que Ele não existisse.

Mons. Fulton Sheen in «Angústia e Paz», 1949.

3 comentários:

Rústico disse...

Caro Reaccionário, por gentileza, poderia traduzir a frase da imagem?

VERITATIS disse...

Com certeza.

"O ateísmo, nove em cada dez vezes, nasce do ventre de uma má consciência. A descrença nasce do pecado, não da razão." (Mons. Fulton Sheen)

Volte sempre.

Anónimo disse...

A descrença nasce do pecado, mas a não crença não nasce do pecado necessariamente, porque para crer é necessário a graça, e está só a dá Deus a quem Ele quer.