Festa de Cristo Rei


Instituindo a festa de Cristo Rei, o Papa Pio XI quis proclamar solenemente a realeza social de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre o mundo. Rei das almas e das consciências, das inteligências e das vontades, Cristo é também o Rei das famílias e das cidades, dos povos e das nações, o Rei de todo o universo. Como Pio XI demonstrou na encíclica Quas Primas de 11 de Dezembro de 1925, o laicismo é a negação radical desta realeza de Cristo; organizando a vida social como se Deus não existisse, leva à apostasia das massas e conduz a sociedade à ruína.
Toda a missa e o ofício da festa de Cristo Rei são uma proclamação solene da realeza universal de Cristo contra o laicismo do nosso tempo. A missa começa por uma das mais belas visões do Apocalipse, em que o Cordeiro de Deus, imolado, mas doravante na glória, é aclamado pela imensa legião dos anjos e dos santos. Fixada no último domingo de Outubro, no fim do ciclo litúrgico, e precisamente nas vésperas de Todos os Santos, a festa de Cristo Rei apresenta-se como a coroa de todos os mistérios de Cristo e como a antecipação no tempo, da realeza eterna por Ele exercida sobre todos os eleitos na glória do Céu. A grande realidade do Cristianismo é Cristo ressuscitado, reinando com todo o esplendor da Sua vitória, no meio dos eleitos que são a Sua conquista.

Fonte: «Missal Romano Quotidiano», 1963.

Luz Citânia


A terra mais ocidental de todas é a Lusitânia. E porque se chama Ocidente aquela parte do mundo? Porventura porque vivem ali menos, ou morrem mais os homens? Não; senão porque ali vão morrer, ali acabam, ali se sepultam e se escondem todas as luzes do firmamento.
Sai no Oriente o Sol com o dia coroado de raios, como Rei e fonte da Luz; sai a Lua e as Estrelas com a noite, como tochas acesas e cintilantes contra a escuridade das trevas; sobem por sua ordem ao Zénite; dão volta ao globo do mundo, resplandecendo sempre e alumiando terras e mares; mas em chegando aos Horizontes da Lusitânia, ali se afogam os raios, ali se sepultam os resplendores, ali desaparece e perece toda aquela pompa de luzes.

Pe. António Vieira in «Sermão de Santo António», Roma, 1671.

Proporção

Que casa escolherá esta família?

Quais são os elementos primordiais de que o arquitecto dispõe para o seu trabalho? Se existisse um evangelho da arquitectura, começaria por certo assim: "No princípio era a Proporção..." E realmente é a proporção base de toda a arquitectura.

Raul Lino in «Casas Portuguesas», 1933.

Astúrias: Cristianismo e Reconquista


A Crónica de Afonso III mostra-nos o sentido que na corte ásturo-leonesa se dava à obra da Reconquista; nela, o reino ásture reivindicava o seu carácter de sucessor do reino visigodo de Toledo, cuja queda se justificava pelo estado de pecado em que se encontravam os reis e sacerdotes daquele reino nos seus últimos tempos. Assim, o reino ásture iniciava a Reconquista sob o signo do Cristianismo. Já na Crónica de Albelda, os Ástures aparecem claramente identificados com os cristãos e a expansão do reino ásture com a da Igreja.

Adaptado de «História Universal», Volume II, Publicações Alfa, 1985.

Batalha de Poitiers


Neste mês de Outubro, há 1282 anos, as tropas francas de Carlos Martelo travavam o exército sarraceno do Califado de Córdoba, em Poitiers. Era o fim da expansão mourisca na Europa e o início da Reconquista. Pelo enorme feito, Carlos Martelo recebeu do Papa Gregório III o título de Herói da Cristandade.

República: continuação da "obra" da Monarquia Liberal


A monarquia [liberal] havia desperdiçado, estúpida e imoralmente, os dinheiros públicos. O país, disse Dias Ferreira, era governado por quadrilhas de ladrões. E a república que veio multiplicou por qualquer coisa – concedamos generosamente que foi só por dois (e basta) – os escândalos financeiros da monarquia [liberal]. (pág. 150)

A república actual é a continuação do estado de coisas da monarquia [liberal] (...). É preciso não perder isto de vista, para que se não erre a significação do actual estado de coisas em Portugal. (págs. 155-156)

A tradição constitucional, ou liberal, preparara a «ideia» republicana que, de um ponto de vista, é apenas o Constitucionalismo num nível mais baixo ou com uma maior amplitude de aderência – o liberalismo popular. (pág. 257)

Fernando Pessoa in «Da República».

Comemorar a República a 5 de Outubro?


Se república quer dizer não-monarquia, em Portugal a república data de Évora Monte. O último Rei de Portugal foi Dom Miguel e não Dom Manuel, como é corrente ensinar-se. Comemorar o advento da república em 2010 não passa de uma dispendiosa (cem milhões, ao que parece) fantasia.

António José de Brito in «Revista Nova Águia», nº 6, 2010.

Maçonaria: crenças, ensinamentos e práticas

O seguinte documentário foi produzido por uma organização protestante em 1991, com o objectivo de mostrar, com base em fontes e autoridades maçónicas, a origem pagã e anti-cristã da seita dos pedreiros-livres. Porém, como os seus autores são protestantes, não deixam de usar um certo discurso anti-católico, nomeadamente na parte inicial quando referem as virtudes dos humanistas contra a corrupção da Igreja. Peço-vos que fechem os vossos ouvidos a isso. Destaco também a gralha "República de Pilatos" em vez de "República de Platão".